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CANCRO - Encontrem a cura,
antes que me cresçam
as maminhas!
Minha neta ontem consolou-me:
- Vó, quanto bebês nascem aí em frente, na Maternidade?
- Perguntei ao presidente e ele disse que são 700 por mês.
- Setecentas é bastante?
Expliquei a ela quanto era, mais ou menos.
- Então, vó, eu também nasci ali. Já fui bebezinho, agora sou criança, um dia vou ser adulta, depois ficar velha e morrer. E isso vai acontecer com todos os 700 bebezinhos.
E enquanto isso vão nascendo mais crianças e morrendo mais velhos ... é o ciclo da vida.
- Credo, Bia! quem lhe disse essa coisa de ciclo da vida?
- Ora, vó! As fotografias, os cachorros, os gatos, as plantas, até árvore grande e velha, que cai com a ventania.
- Tá, mas quem lhe ensinou que isso se chama ciclo da vida?
- Você, vó.
- Eu?
- Foi! Faz tempo, foi quando lhe perguntei cadê seu pai, sua mãe, seu avô, sua avó, seus tios.
- Nossa! Foi quando eu lhe disse que eles viraram estrelinhas e foram morar perto da Lua?
- Eh, mas agora já aprendi, na escola, que as estrelas são muito grandes e muito quentes. Então você falou tudo certo, mas errou de lugar.
Achei melhor mudar de assunto, porque em outros casos ela sabe ser tremendamente infantil.
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27/06/2014
Ana Suzuki
Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu um estranho, recém-chegado à nossa pequena cidade. Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com este encantador personagem, e em seguida o convidou a viver com nossa família. O estranho aceitou e desde então tem estado connosco.
Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre o seu lugar na minha família; na minha mente jovem já tinha um lugar muito especial.
Meus pais eram instrutores complementares: minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau e meu pai me ensinou a obedecer. Mas o estranho era nosso narrador. Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e comédias. Ele sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência. Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro! Levou minha família ao primeiro jogo de futebol. Fazia-me rir, e fazia-me chorar.
O estranho nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava.
O famoso Comentador da TV, Marcelo Rebelo de Sousa, estava a bordo de um avião, indo de Lisboa para o Porto.
A seu lado, sentou-se um garoto de uns 10 anos, de óculos, com ar sério e compenetrado.
Assim que o avião descolou, o garoto abriu um livro, mas Marcelo Rebelo de Sousa puxou conversa:
"Ouvi dizer que o voo fica mais curto se a gente conversar com o passageiro do lado. Gostarias de conversar comigo?"
O garoto fechou calmamente o livro e respondeu:
"Talvez seja interessante. Que tema o Sr. gostaria de discutir?"
"Ah, que tal política? Achas que devemos reeleger Pedro Santana Lopes ou dar uma chance ao José Sócrates?"
O garoto suspirou e replicou:
"Pode ser um bom tema, mas antes preciso lhe fazer uma pergunta".
"Então manda!", encorajou Marcelo Rebelo de Sousa.
"Cavalos, vacas e cabritos comem a mesma coisa, capim, relva, ervas, concorda?"
"Sim", disse Marcelo Rebelo de Sousa.
"No entanto, cabritos excretam bolinhas, vacas largam placas de esterco e os cavalos grandes bostas... Qual a razão para isto?
" Marcelo Rebelo de Sousa pensou por alguns instantes, mas confessou que não sabia a resposta.
O garoto concluiu:
"Então como é que o senhor se sente qualificado para discutir quem deve governar Portugal, se não entende de 'merda' nenhuma?"
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Todas as noites, antes de ir me deitar, dou sempre uma olhada em meus filhos. Debruço-me sobre suas camas e observo como têm crescido.
Frequentemente, oro por eles.
Na maioria das vezes, peço para que suas vidas sejam fáceis: "Meu Deus, livre meus filhos de todas as dificuldades e agressões desse mundo"...
Tenho pensado, entretanto, que é hora de alterar minhas orações. Essa mudança tem a ver com o fato de que é inevitável que os ventos gelados e fortes nos atinjam e aos nossos filhos. Sei que eles encontrarão inúmeros problemas e que, portanto, minhas orações para que as dificuldades não ocorram, têm sido ingênuas demais. Sempre haverá uma tempestade, ocorrendo em algum lugar.
Portanto, pretendo mudar minhas orações. Farei isso porque, quer nós queiramos ou não, a vida não é fácil. Ao contrário do que tenho feito, passarei a orar para que meus filhos cresçam com raízes profundas, de tal forma que possam retirar energia das melhores fontes, das mais divinas, que se encontram nos locais mais remotos.
Oramos demais para termos facilidades, mas na verdade o que precisamos fazer é pedir para desenvolver raízes fortes e profundas, de tal modo que, quando as tempestades chegarem e os ventos gelados soprarem, resistiremos bravamente, em vez de sermos subjugados e varridos para longe.
Comportamentos - Holanda - Hábitos de poupança
Nada que interesse a Portugal, país de novos ricos…
A propósito do desafio sobre os novos hábitos de poupança na abertura do ano lectivo, resolvi partilhar a minha experiência uma vez que vivo no norte da Holanda, onde tudo se passa de modo completamente diferente.
Em primeiro lugar, os livros são gratuitos. São entregues a cada aluno no início do ano lectivo, com um autocolante que atesta o estado do livro. Pode ser novo ou já ter sido anteriormente usado por outros alunos. No final do ano, os livros são devolvidos à escola e de novo avaliados quanto ao seu estado. Se por qualquer razão foram entregues em bom estado e devolvidos já muito mal tratados, o aluno poderá ter de pagá-los, no todo ou em parte.
Todos os anos, os cadernos que não foram terminados voltam a ser usados até ao fim. O contrário é, inclusivamente, muito mal visto. Os alunos são estimulados a reusar os materiais. Nas disciplinas tecnológicas e de artes, são fornecidos livros para desenho, de capa dura, que deverão ser usados ao longo de todo o ciclo (cinco anos).
Obviamente que as lojas estão, a partir de Julho/Agosto, inundadas de artigos apelativos mas nas escolas a política é a de poupar e aproveitar ao máximo. Se por qualquer razão é necessário algum material mais caro (calculadora, compasso, por exemplo), há um sistema (dinamizado por pais e professores, ou alunos mais velhos) que permite o empréstimo ou a doação, consoante a natureza do produto.
Ao longo do ano, os alunos têm de ler obrigatoriamente vários livros. Nenhum é comprado porque a escola empresta ou simplesmente são requisitados numa das bibliotecas da cidade, todas ligadas em rede para facilitar as devoluções, por exemplo.
Aliás, todas as crianças vão à biblioteca, é um hábito muito valorizado.
A minha filha mais nova começou as suas aulas de ballet. Não nos pediram nada, nenhum fato nem sapatos especiais. Mas como é universalmente sabido, as meninas gostam do ballet porque é cor-de-rosa e porque as roupas também contam. Então, as mães vão passando os fatos e a minha filha recebeu hoje, naturalmente, o seu maillot cor-de-rosa com tutu, e uns sapatinhos, tudo já usado. Quando já não servir, é devolvido.
E não estamos a falar de famílias carenciadas, pelo contrário. É assim há muito tempo.
O meu filho mais velho começará a ter, na próxima semana, aulas de guitarra. Se a coisa for levada mesmo a sério, poderemos alugar uma guitarra ou facilmente comprar uma em segunda mão.
Este sistema faz toda a diferença porque, desde que vivo na Holanda, terminou o pesadelo do início do ano. Tudo se passa com maior tranquilidade, não há a febre do "regresso às aulas do Continente" e os miúdos e os pais são muito menos pressionados.
De facto, noto que há uma grande diferença se compararmos o nosso país e a Holanda (ou com outros países do Norte da Europa, onde tudo funciona de forma idêntica).
Usar ou comprar o que quer que seja em segunda mão é uma atitude socialmente louvável, pelo que existem mil e uma opções.
Não só se aprende desde cedo a poupar e a reutilizar, como a focar as atenções, sobretudo as dos mais pequenos, nas coisas realmente importantes.
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Helena Rico, 42 anos, Groningen, Holanda
16/06/2011
A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa.
Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira para as crianças, que achou ser inofensiva. Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado.
Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
Ele ficou desconcertado!
Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?
Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!" Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...
UBUNTU PARA VOCÊ!
Que tal fazer algo diferente, este ano, no Natal?
Sim ... Natal ... daqui a pouco ele chega.
Que tal ir a uma Agência dos Correios e pegar uma das 17 milhões de cartinhas de crianças pobres, e ser o Pai ou Mãe Natal delas?
(6 meses)
(neta da minha amiga Ana Suzuki)
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Ela se veste de lã e de renda.
Ela nos olha até dentro de nós.
Ela é um amor e não há melhor prenda
que uns belos olhos dando ao rosto voz.
Menina linda, é bebé de encantar,
amada por todos. E os seus avós
mandam tantas fotos pra nos alegrar
que o nosso amor corre, p'la Net, veloz.
Que Deus te proteja dos males da Terra.
Que Deus te defenda dos males do Mundo.
Vai, doce criança, faz a tua guerra,
mostra-nos a todos, segundo a segundo,
que a proveniência genética erra
no sangue; provém de quem se é oriundo.
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10/05/2007
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
Tudo o que hoje preciso realmente saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância.
A sabedoria não se encontrava no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo o dia.
Estas são as coisas que aprendi lá:
Compartilhe tudo.
Jogue dentro das regras.
Não bata nos outros.
Coloque as coisas de volta onde pegou.
Arrume a sua bagunça.
Não pegue as coisas dos outros.
Peça desculpas quando machucar alguém.
Lave as mãos antes de comer.
Dê descarga.
Biscoitos quentinhos e leite frio fazem bem para você.
Respeite o outro.
Leve uma vida equilibrada, aprenda um pouco, pense um pouco... e desenhe... e pinte...
e cante... e dance... e brinque... e trabalhe um pouco todos os dias.
Tire uma soneca às tardes.
Quando sair, cuidado com os carros.
Dê a mão e fique junto.
Repare nas maravilhas da vida.
Lembre-se da sementinha no copinho plástico... as raízes descem, a planta sobe e ninguém sabe realmente como ou porque, mas todos somos assim.
O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... Nós também.
A Regra de Ouro é o amor e a higiene básica.
Ecologia... e política... e igualdade... e respeito... e vida sadia.
Temos que fazer a nossa parte.
Pense como o mundo seria melhor se todos nós, no mundo todo, tivéssemos biscoitos com leite todos os dias por volta das três da tarde, e pudéssemos nos deitar com um cobertorzinho para uma soneca.
Ou se todos os governos tivessem como regra básica devolver todas as coisas ao lugar em que elas se encontraram e arrumassem a bagunça ao sair.
E esta é sempre uma verdade, não importa a idade.
Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos.
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20/04/2005
Texto recebido via Internet, s/autoria
Os Pais e As Crianças
Um jovem de nível acadêmico excelente, candidatou-se à posição de gerente de uma grande empresa. Passou na primeira entrevista e o diretor fez a última e tomou a decisão.
O diretor descobriu através do currículo que as suas realizações acadêmicas eram excelentes em todo o percurso, desde o secundário até à pesquisa da pós-graduação e não havia um ano em que não tivesse pontuado com nota máxima. O diretor perguntou: "Tiveste alguma bolsa na escola?" o jovem respondeu, "nenhuma". O diretor perguntou, "Foi o teu pai que pagou as tuas mensalidades ?" o jovem respondeu, "O meu pai faleceu quando tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades." O diretor perguntou, "Onde trabalha a tua mãe?" e o jovem respondeu, "A minha mãe lava roupa."
O diretor pediu que o jovem lhe mostrasse as suas mãos. O jovem mostrou um par de mãos macias e perfeitas. O diretor perguntou: "Alguma vez ajudaste a tua mãe a lavar as roupas?", o jovem respondeu, "Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu." O diretor disse: "Eu tenho um pedido. Hoje, quando voltares, vais e limpas as mãos da tua mãe, e depois vens ver-me amanhã de manhã."
O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando chegou a casa, pediu feliz à mãe que o deixasse limpar as suas mãos. A mãe achou estranho, estava feliz mas com um misto de sentimentos e mostrou as suas mãos ao filho. O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas, e havia demasiadas contusões nas suas mãos. Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando limpava com água. Esta era a primeira vez que o jovem percebia que este par de mãos que lavavam roupa todo o dia tinham-lhe pago as mensalidades. As contusões nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência acadêmica e o seu futuro. Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as restantes roupas pela sua mãe.
Nessa noite, mãe e filho falaram por um longo tempo.
Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do diretor. O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou: "Diz-me, o que fizeste e aprendeste ontem em tua casa?" O jovem respondeu: "Eu limpei as mãos da minha mãe, e ainda acabei de lavar as roupas que sobraram." O diretor pediu: "Por favor diz-me o que sentiste." O jovem disse: "Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe, não haveria um eu com sucesso hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e valor de uma relação familiar."
O diretor disse: "Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas, e uma pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida. Estás contratado."
Mais tarde, este jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipe. O desempenho da empresa melhorou tremendamente.
Uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo o que quis, vai desenvolver- se mentalmente e vai sempre colocar-se em primeiro. Vai ignorar os esforços dos seus pais, e quando começar a trabalhar, vai assumir que toda a gente o deve ouvir e quando se tornar gerente, nunca vai saber o sofrimento dos seus empregados e vai sempre culpar os outros. Para este tipo de pessoas, que podem ser boas academicamente, podem ser bem sucedidas por um bocado, mas eventualmente não vão sentir a sensação de objetivo atingido. Vão resmungar, estar cheios de ódio e lutar por mais. Se somos esse tipo de pais, estamos realmente a mostrar amor ou estamos a destruir o nosso filho?
Pode deixar o seu filho viver numa grande casa, comer boas refeições, aprender piano e ver televisão num grande plasma. Mas quando cortar a grama, por favor deixe-o experienciar isso. Depois da refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente com os seus irmãos e irmãs. Deixe-o guardar seus brinquedos e arrumar sua própria cama. Isto não é porque não tem dinheiro para contratar uma empregada, mas porque o quer amar como deve de ser. Quer que ele entenda que não interessa o quão ricos os seus pais são, um dia ele vai envelhecer, tal como a mãe daquele jovem. A coisa mais importante que os seus filhos devem entender é a apreciar o esforço e experiência da dificuldade e aprendizagem da habilidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas.
Quais são as pessoas que ficaram com mãos enrugadas por mim? O valor de nossos pais.
Um dos mais bonitos textos sobre educação familiar que já li...leitura obrigatória para nós pais e, principalmente, para os filhos.
Quino, desiludido com o século...
Pura realidade, e nós temos a nossa parcela de culpa, ou não?
Quino, o cartunista argentino autor da Mafalda, desiludido com o rumo deste século no que diz respeito a valores e educação, deixou impresso no cartum o seu sentimento:
A genialidade do artista faz uma das melhores críticas sobre a criação de filhos (e educação) nos tempos atuais.
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(Carlos Lúcio Gontijo - www.carlosluciogontijo.jor.br)
(Reflexões numa noite de Natal)
Hoje, eu te vi chorar, menina.
Uma única lágrima, deslizando pela face, sem pressa, parecia carregar consigo a expressão de todas as tristezas do mundo.
Hoje, eu te vi chorar, menina.
E no brilho daquela lágrima de adolescente, senti o quanto os teus 14 anos de vida têm transcorrido sedentos de calor humano.
Véspera de Natal, trocas de presente...
Tu, menina-moça, distante do lar, carente de afectos, expressastes, num sussurro, um único desejo: - Eu queria que a minha mãe viesse me ver.
Na tua face, a dignidade de quem está aprendendo, passo a passo, com coragem e vontade, mesmo diante de todas e tantas dificuldades, a fazer a hora do teu mundo e da tua vida.
Na ternura do meu abraço, sentiste um coração amigo e escutei de ti palavras redentoras. Começas a compreender que és digna de ser amada e que o teu futuro começa neste teu presente. Nesses meses connosco, vivendo na Fundação, permitiste-me o acesso ao teu mundo e fui encontrando em ti uma alma sensível, meio perdida no torvelinho das carências afectivas, encontrando nos disfarces a tua sobrevivência.
Aos poucos, estás abandonando os teus disfarces e permitindo que a expressão das tuas emoções, no que pese os riscos, sejam verdadeiras, porque não mais te satisfaz sobreviver.
Queres viver!
Vejo-te, mente aberta para as mudanças, coração serenado, libertando-se das mágoas, o ângulo de visão descortinando novos horizontes.
Decidiste pôr-te a caminho, em contínuo crescimento.
Sim, menina, terás a profissão com que sonhas: serás maquilhadora e vencerás.
Terás todo o amor que mereces: saberás construir a tua felicidade. És valente. Confio em ti!
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Arapiraca (AL), 24.12.2005 Lêda Mello
No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês.
O primeiro pergunta ao outro:
- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente que sim. Algo tem de haver após o nascimento! Talvez estejamos aqui, principalmente, porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. E como verdadeiramente seria essa vida, se ela existisse?
- Eu não sei exatamente, mas por certo haverá mais luz lá do que aqui... Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comamos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: a vida, após o nascimento, está excluída – o cordão umbilical é muito curto!
- Na verdade, certamente, há algo depois do nascimento. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui...
- Mas ninguém nunca voltou de lá, para falar sobre isso. O parto apenas encerra a vida. E, afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e, através dela, nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria!
- Eu não acredito. Eu nunca vi nenhuma mamãe. Por isso, é claro, que não existe mamãe nenhuma!
- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, podemos ouvi-la cantando; ou sentimos como ela afaga nosso mundo...
Saiba: eu penso que só depois de nascidos nossa vida será mais “real”, pois ela tomará nova dimensão. Porque aqui, aonde estamos agora, apenas estamos nos preparando para essa outra vida...
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(Autor desconhecido)
Se eu fosse Papai Noel, mesmo um falso Papai Noel, eu seria um velho muito frustrado, por ter que ser indiferente ao apelo das criancinhas pobres, que se magoam e magoam seus pais, ao perceberem que sou surdo aos seus apelos e que talvez seja analfabeto, pois não leio as cartinhas com seus pedidos.
Mas, como poderia alegrar a tantas crianças bem alimentadas, isto promoveria um equilíbrio entre as minhas frustrações e realizações, impedindo que eu morresse de raiva ou de tristeza.
E eu prosseguiria na minha tarefa de usurpar a importância do aniversariante Jesus, usando para isso o dinheiro dos papais e das mamães.
Continuaria sendo o cara de pau que sempre fui, porque sem mim não há Natal.
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15/12/2007
Ana Suzuki
(com um grande beijo
para a Natália de 8 meses)
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Anuncia um sorriso de criança,
num rosto puro, doce, cheio de esp'rança
que, cegamente, confia a sua vida
nas nossas mãos de adultos. Colorida
é sua boca de botão de rosa,
e os olhos que nos falam muita prosa,
dizendo tanta coisa divertida!
Queira favorecê-la o Deus Menino,
aplainando o caminho. O seu destino
poderá ser todo o ano NATALia
e a vida inteira uma parafernália
de belos e matizados carreiros
ladeados de flores, ervas de cheiros,
igual a qualquer princesa da Gália!
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25/12/2002
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
Será que isto é mesmo verdade? Não sei, fartei-me de rir , mas pensando bem se calhar devia ter chorado. Que tristeza!
*A História divide-se em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje*
(a Futura é particularmente estudada pela "Maya" certamente)
*O metro é a décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre e para o cálculo dar certo arredondaram a Terra! *
(Ups! Até eu me vi atrapalhada para fazer o cálculo. Imaginação tem ele... vai ser matemático de certeza, Portugal precisa de matemáticos com imaginação)
*Quando o olho vê, não sabe o que está a ver, então ele amanda uma foto eléctrica para o cérebro que lhe explica o que está a ver.*
(nada mal pensado. Somos uma máquina fotográfica em potência e em funcionamento contínuo)
*O nosso sangue divide-se em glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e até verdes! *
(acho que faltam os Azuis!!Ah, mas esses com o apito dourado andam em fuga)
*Nas olimpíadas a competição é tanta que só cinco atletas chegam entre os dez primeiros.*
(entende-se agora a prestação de Portugal nos jogos olimpicos!!!)
*O piloto que atravessa a barreira do som nem percebe, porque não ouve mais nada.*
(claríssimo!! Se passou a barreira o som quando chega já ele passou, por isso não o ouve. Será?)
*O teste do carbono 14 permite-nos saber se antigamente alguém morreu.*
(Assim de momento acho que hoje em dia basta verificar se o coração parou ou se respira... quer dizer... digo eu... mas pelo sim pelo não que se faça o teste do carbono 14, se os gajos do CSI descobrem uiui)
*O pai de D. Pedro II era D. Pedro I, e de D. Pedro I era D. Pedro 0*
(E antes foi o Pedro -1, já agora)
*Em 2020 a caixa de previdência já não tem dinheiro para pagar aos reformados, graças à quantidade de velhos que não querem morrer.*
(São uns chatos os velhos! Se o Socras topa o "jogo" deles...)
*O verme conhecido como solitária é um molusco que mora no interior, mas que está muito sozinho.*
("tadinho", espero que não tenha medo do escuro ou das trovoadas, não merece tanto sofrimento)
*Na segunda guerra mundial toda a Europa foi vítima da barbie!
(Queria dizer, decerto, barbárie! Ainda não existia os Morangos com Açucar... ai então é que seria lindo, não era a barbie que levava a melhor não!)
*O hipopótamo comanda o sistema digestivo e o hipotálamo é um bicho muito perigoso.*
(nem sei que diga... se a protecção dos animais descobre estamos todos tramados)
*A Terra vira-se nela mesma, e esse difícil movimento chama-se arrotação.*
(não consigo encontrar melhor definição)
*Lenini e Stalone eram grandes figuras do comunismo na Rússia.*
(exactamente, principalmente o Stalone)
*Uma tonelada pesa pelo menos 100Kg de chumbo.*
(Diabos me levem...!!!)
*A fundação do Titanic serve para mostrar a agressividade dos ice-bergs.*
(claro, nem a experiência podia ter sido feita de maneira diferente; tinha de ser usado um dos animais mais agressivos que se conhece)
*Para fazer uma divisão basta multiplicar subtraindo.*
(atenção, não tentem fazer isto em casa, pode ser perigoso... pelo menos complicado é! Pelo sim pelo não peçam esclarecimentos ao futuro professor catedrático de análise matemática)
*A água tem uma cor inodora.*
(pois... eu também gosto muito dessa cor)
*O telescópio é um tubo que nos permite ver televisão de muito longe.*
(o tipo deve ser "espião" da vizinhança, sinceramente... já ninguém quer aderir ao MEO... anda tudo a "chular" os vizinhos. Será que com o telescópio conseguiu ver a grande penalidade fora da área?!)
*O sul foi posto debaixo do norte por ser mais cómodo.*
(obviamente que sim. Tinha algum jeito o contrário, e aposto que foi um alentejano que teve essa brilhante ideia)
*Os rios podem escolher desembocar no mar ou na montanha.*
(é isso! Ao nascerem podem escolher... viva a liberdade de escolha!)
*Os escravos dos romanos eram fabricados em África, mas não eram de boa qualidade.*
(Racista... só os fabricados na China é que são bons não?!)
*A baleia é um peixe mamífero encontrado em abundância nos nossos rios.*
(todos os dias me cruzo com baleias ao atravessar o rio, é tão giro)
*Newton foi um grande ginecologista e obstetra europeu que regulamentou a lei da gravidez e estudou os ciclos de Ogino-Knaus. *
(Não consigo ter palavras, nem quero pensar o que diria ele sobre a actual lei do aborto)
*Ao princípio os índios eram muito atrasados mas com o tempo foram-se sifilizando.*
(tal qual como quem escreveu, isto digo eu... cheia de esperança!!)
*A Terra é um dos planetas mais conhecidos e habitados do mundo.*
(questão para se perguntar... quantos planetas tem o mundo?)
*A Latitude é um circo que passa por o Equador, dos zero aos 90º.*
(os "circos" deste são mais pequenos que o habitual, mas está bem, é uma opinião a ser estudada!!)
*Caudal de um rio, é quando um rio vai andando e deixa um bocadinho para trás!*
(é claro. Caso contrário ficava vazio depois de passar. Deve ser uma forma de o encontrarem)
*Princípio de Arquimedes: qualquer corpo mergulhado na água, sai completamente molhado. *
(aí não há dúvida nenhuma)
Um grupo de crianças brinca próximo a duas vias férreas.
Uma das vias ainda está em uso e a outra está desativada.
Apenas uma criança brinca na via desativada, enquanto que as outras, na via em operação.
O trem está vindo e você está exatamente sobre aquele aparelho que pode mudar o trem de uma linha para outra.
Você pode fazer o trem mudar seu curso para a pista desativada e salvar a vida da maioria das crianças.
Entretanto, isto significa que a solitária criança que brinca na via desativada será sacrificada.
Você deixaria o trem seguir seu caminho? O que você faria?
A maioria das pessoas escolherão desviar o trem e sacrificar só uma criança.
Você pode ter pensado da mesma forma, eu acho.
Exatamente, salvar a vida da maioria das crianças à custa de uma só criança é a decisão mais racional que a maioria das pessoas tomariam, moralmente e emotivamente.
Mas, você pensou que a criança que escolheu brincar na via desativada foi a única que tomou a decisão correta de brincar num lugar seguro?
Não obstante, ela tem que ser sacrificada por causa de seus amigos ignorantes que escolheram brincar onde estava o perigo.
Este tipo de dilema acontece ao nosso redor todos os dias.
No escritório, na comunidade, na política...
E especialmente numa sociedade democrática, a minoria frequentemente é sacrificada pelo interesse da maioria, não importa quão tola ou ignorante a maioria seja e nem a visão de futuro e o conhecimento da minoria.
Além do mais, se a via tinha sido desativada, provavelmente não era segura.
Se você desviou o trem para a outra via, colocou em risco a vida de todos os passageiros.
E em sua tentativa de salvar algumas crianças sacrificando apenas uma, você pode acabar sacrificando centenas de pessoas.
Lembre-se de que o que é correto nem sempre é popular... e o que é popular nem sempre é correto.
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Eliana Gonçalves
De tanto ver as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra; de tanto ver crescer a injustiça;
de tanto ver agigantarem-se os poderes na mãos dos maus,
o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.
(Rui Barbosa)
SOMENTE UMA MÃE SABERIA...
''Um dia minha mãe saiu e deixou meu pai tomando conta de mim.
Eu tinha uns dois anos e meio. Alguém tinha me dado um "jogo de chá" de presente e era um dos meus brinquedos favoritos.
Papai estava na sala vendo o Jornal Nacional, quando eu trouxe para ele uma "xícara de chá", que na realidade era apenas água.
Após várias xícaras de chá, onde recebia elogios entusiasmados do papai a cada xícara servida,
minha mãe chegou.
Meu pai fez ela se sentar na sala, para me ver trazendo a ele uma xícara de chá, porque era "a coisa mais fofa do mundo!".
Minha mãe esperou, e então, vinha eu pelo corredor com uma xícara de chá para o papai e ela viu ele beber todo o chá.
Então, ela disse o que (apenas uma mãe saberia...) ;
- Passou pela sua mente que o único lugar que ela alcança água é na privada...?!
Os pais não pensam igual às mães .....
PORQUE SERIA?
Um dia, uma menina estava sentada observando sua mãe lavar os pratos na cozinha.
De repente, percebeu que sua mãe tinha vários cabelos brancos que sobressaíam entre a sua cabeleira escura.
Olhou para sua mãe e lhe perguntou: - 'Porque você tem tantos cabelos brancos, mamãe?'
A mãe respondeu: - 'Bom, cada vez que você faz algo de ruim e me faz chorar ou me faz triste, um de meus cabelos fica branco.'
A menina digeriu esta revelação por alguns instantes e logo disse:
- 'Mãe, porque TODOS os cabelos de minha avó estão brancos?'
UM PAI COM 3 FILHOS.
O mais velho pediu:
-Ó pai queria 1 carro! Na faculdade só eu é que não tenho!
-Responde o pai: Só quando eu pagar o tractor.
Vem o outro:
-Ó pai quero uma moto! Todos os meus amigos da escola têm!
-Responde o pai: Só quando eu pagar o tractor.
A seguir vem o mais novo.
-Pai quero uma bicicleta! Todos os meninos têm bicicleta!
-Responde o pai: Só quando eu pagar o tractor.
O miúdo vai pró quintal amuado.
Vê o galo em cima da galinha, dá-lhe um safanão e diz:
-Nesta casa, enquanto o pai não pagar o tractor, anda tudo a pé!!!
Marquinhos na inocência de seus 6 anos observava todos os dias na hora de dormir a mãe proferir sentida prece de gratidão ao Criador da vida. Curioso, resolveu indagar:
- Mamãe, por que todos os dias a senhora antes de dormir fecha os olhos e fica quieta por alguns minutos?
- É que estou conversando com Deus, meu filho.
- E ele consegue te ouvir, mamãe?
- Ah, sem dúvida, Marquinhos. Deus sempre ouve as nossas preces, ele é nosso Pai amoroso, o nosso Criador.
- Mas, mamãe, - indagou Marquinhos – eu não vejo Deus. Será mesmo que ele ouve?
A mãe riu da inocência do pequeno e tornou:
- Nós não vemos Deus, meu filho, mas ele nos vê.
- Não entendi nada – respondeu Marquinhos.
- Ele nos vê, pois somos suas criaturas e ele está sempre conosco, nos acompanhando.
- Nossa, mamãe, então Deus é muito poderoso!
- Sim, meu filho. Deus tudo pode, pois como lhe disse Ele foi o construtor de todo o universo.
- Então eu posso conversar com ele também?
- Mas é claro, meu filho! Qual o filho que não pode conversar com seu pai?
Ainda
intrigado, Marquinhos questionou:
- Mesmo que eu esteja bem longe daqui, na casa do meu amigo Renatinho, eu posso conversar com Deus?
A mãe riu da ingenuidade do filho.
- Pode sim, meu filho. Mesmo se estiver bem longe, na casa do Renatinho, você poderá conversar com Deus!
- E como saberei que Ele me ouviu, mamãe?
- Pelo sentimento de paz que invadirá o seu coraçãozinho quando conversar com ELE. Você sentirá uma sensação tão gostosa que saberá na hora exata que Deus ouviu sua conversa.
- Sensação muito gostosa como se eu estivesse comendo uma barra de chocolate?
- Ah, Marquinhos, muito melhor do que isso.
Mas, preste bem atenção: para que Deus lhe ouça é preciso abrir todo o seu coração, falar do fundo da sua alma com ELE, meu filho. Pois o que faz a
conversa com Deus funcionar é o nosso sentimento. Entendeu?
- Entendi sim, mamãe. Todos os dias farei como a senhora e conversarei com Deus! Quero contar-lhe como fui na escola, o que jantei e pedir algumas coisas também.
- Sim, Marquinhos, mas não se esqueça de agradecer a Deus por tudo que ele já lhe deu! - disse a mãe, provocando ainda mais curiosidade no garoto.
- E Deus já me deu alguma coisa, mãe? Disso eu não lembro. Nunca conversei com ELE nem pedi nada...
- Deus lhe deu a vida, meu filho. Deus lhe deu a oportunidade de estar aqui comigo e seu pai, de sermos uma família. Isso não é bom?
- Sim, mamãe, claro que é.
- Pois então, Marquinhos, aduziu sua mãe, em suas conversas com Deus não se esqueça de agradecer, como toda criança bem educada.
E assim cresceu Marquinhos, conversando com Deus, contando-lhe suas dúvidas e incertezas, pedindo, mas, principalmente, agradecendo pelo Dom da Vida.
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10/07/2011
Wellington Balbo
Artigo redigido por uma menina de 8 anos e publicado no Jornal do Cartaxo, em Floripa.
"O multimistura é um programa que não existe mais", limitou-se a informar a
assessoria de imprensa.
Rúben Alves, Escritor, Psicanalista, Educador respeitado no Brasil e no Exterior, em seu livro Histórias de quem gosta de ensinar, escreveu um capítulo que intitulou "A inutilidade da infância", do qual transcrevemos algumas ideias para que possamos reflectir:
O pai orgulhoso e sólido olha para o filho saudável e imagina o futuro.
Que é que você vai ser quando crescer?
Pergunta inevitável, necessária, previdente, que ninguém questiona.
Ah! Quando eu crescer, acho que vou ser médico! A profissão não importa muito, desde que ela pertença ao rol dos rótulos respeitáveis que um pai gostaria de ver colados ao nome do seu filho... Engenheiro, Diplomata, Advogado, Cientista...
Imagino um outro pai, diferente, que não pode fazer perguntas sobre o futuro.
Pai para quem o filho não é uma entidade que "vai ser quando crescer", mas que simplesmente é, por enquanto... É que ele está muito doente, provavelmente não chegará a crescer e, por isso mesmo, não vai ser médico, nem mecânico e nem ascensorista. Que é que seu pai lhe diz? Penso que o pai, esquecido de todos "os futuros possíveis e gloriosos" e dolorosamente consciente da presença física, corporal, da criança, aproxima-se dela com toda a ternura e lhe diz: "se tudo correr bem, iremos ao jardim zoológico no próximo domingo..."
É, são duas maneiras de se pensar a vida de uma criança. São duas maneiras de se pensar aquilo que fazemos com uma criança.
Eu me lembro daquelas propagandas curtinhas que se fizeram na televisão, por ocasião do ano da criança deficiente. E apareciam lá, na tela, as crianças e adolescentes, cada uma excepcional a seu modo, desde síndrome de Down até cegueira, e aquilo que nós estávamos fazendo com eles... Ensinando, com muito amor, muita paciência.
E tudo ia bem até que aparecia o ideólogo da educação dos excepcionais para explicar que, daquela forma, esperava-se que as crianças viessem a ser úteis, socialmente...
E fiquei a me perguntar se não havia uma pessoa sequer que dissesse coisa diferente, que aquelas escolas não eram para transformar cegos em fazedores de vassouras, nem para automatizar os mongolóides para que aprendessem a pregar botões sem fazer confusão...
Será que é isto? Sou o que faço? Ali estavam crianças excepcionais, não-seres que virariam seres sociais e receberiam o reconhecimento público se, e somente se, fossem transformados em meios de produção.
Não encontrei nem um só que dissesse: "através desta coisa toda que estamos fazendo esperamos que as crianças sejam felizes, dêem muitas risadas, descubram que a vida é boa...
Se uma borboleta, se um pardal e se uma ignorada rãzinha podem encontrar alegria na vida, por que não estas crianças, só porque nasceram um pouco diferentes?"
Voltamos ao pai e ao seu filhinho leucémico.
Que temos a lhe dizer? Que tudo está perdido? Que o seu filho é um não-ser porque nunca chegará a ser útil, socialmente?
E ele nos responderá: "mas não pode ser... Sabe? Ele dá risadas. Adora o jardim zoológico. E está mesmo criando uns peixes, num aquário. Você não imagina a alegria que ele tem, quando nascem os filhotinhos.
De noite nós nos sentamos e conversamos. Lemos histórias, vemos figuras de arte, ouvimos música, rezamos...
Você acha que tudo isto é inútil? Que tudo isto não faz uma pessoa? Que uma criança não é, que ela só será depois que crescer, que ela só será depois de transformada em meio de produção?"
Claro, se a coisa importante é a utilidade social temos de começar reconhecendo que a criança é inútil, um trambolho.
Como se fosse uma pequena muda de repolho, bem pequena, que não serve nem para salada e nem para ser recheada, mas que, se propriamente cuidada, acabará por se transformar num gordo e suculento repolho e, quem sabe, um saboroso chucrute?
Então olharíamos para a criança não como quem olha para uma vida que é um fim em si mesma, que tem direito ao hoje pelo hoje... Reconheçamos: as crianças são inúteis...
Uma sonata de Scarlatti é útil? E um poema? E um jogo de xadrez? Ou empinar papagaios?
Inúteis. Ninguém fica mais rico. Nenhuma dívida é paga.
É que, muito embora não produzam nada, elas produzem o prazer.
O primeiro pai fazia ao filho a pergunta da utilidade: "qual o nome do meio de produção em que você deseja ser transformado?"
O segundo, impossibilitado de fazer tal pergunta, descobriu um filho que nunca descobriria, de outra forma: "vamos brincar juntos, no domingo?"
Pense nisso!
As crianças são espíritos reencarnados. Não estão num corpo físico pela primeira vez.. Como herdeiros de si mesmos, esses espíritos imortais trazem consigo, ao nascer, as marcas das experiências já vividas em outras existências, como um novo ponto de partida para novos aprendizados.
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O bosque estava quase deserto quando o homem sentou-se para ler debaixo dos longos ramos de um velho carvalho.
Estava desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois o mundo estava tentando afundá-lo.
E como se já não tivesse razões suficientes para arruinar o seu dia, um garoto chegou, ofegante, cansado de brincar.
Parou na sua frente, de cabeça baixa e disse, cheio de alegria: - Veja o que encontrei!
O homem olhou desanimado e percebeu que na sua mão havia uma flor.
Que visão lamentável! Pensou consigo mesmo. A flor tinha as pétalas caídas, folhas murchas, e certamente nenhum perfume.
Querendo ver-se livre do garoto e de sua flor, o homem desiludido fingiu pálido sorriso e se virou para o outro lado.
Mas ao invés de recuar, o garoto sentou-se ao seu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa:
- O cheiro é óptimo, e é bonita também... - Por isso a peguei. Tome! É sua.
A flor estava morta ou morrendo, nada de cores vibrantes como laranja, amarelo ou vermelho, mas ele sabia que tinha que pegá-la, ou o menino jamais sairia dali.
Então estendeu a mão para pegá-la e disse, um tanto contrafeito: - Era o que eu precisava.
Mas, ao invés de colocá-la na mão do homem, ele a segurou no ar, sem qualquer razão.
E naquela hora o homem notou, pela primeira vez, que o garoto era cego e que não podia ver o que tinha nas mãos.
A voz lhe sumiu na garganta por alguns instantes...
Lágrimas quentes rolaram do seu rosto enquanto ele agradecia, emocionado, por receber a melhor flor daquele jardim.
O garoto saiu saltitando, feliz, cheirando outra flor que tinha na mão, e sumiu no amplo jardim, em meio ao arvoredo.
Certamente iria consolar outros corações, que embora tenham a visão física, estão cegos para os verdadeiros valores da vida.
Agora o homem já não se sentia mais desanimado e os pensamentos lhe passavam na mente com serenidade. Perguntava-se a si mesmo como é que aquele garoto cego poderia ter percebido sua tristeza a ponto de aproximar-se com uma flor para lhe oferecer.
Concluiu que talvez a sua auto-piedade o tivesse impedido de ver a natureza que cantava ao seu redor, dando notícias de esperança e paz, alegria e perfume...
E como as Leis da Vida são misericordiosas, permitiram que um garoto privado da visão física o despertasse daquele estado depressivo.
E o homem, finalmente, conseguira ver, através dos olhos de uma criança cega, que o problema não era o mundo, mas ele mesmo.
E ainda mergulhado em profundas reflexões, levou aquela feia flor ao nariz e sentiu a fragrância de uma rosa...
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"Na Roménia, um homem dizia sempre ao filho:
- Haja o que houver, eu sempre estarei a seu lado!
Houve, nesta época um terramoto de grande intensidade.
Na hora do tremor o homem, que estava em uma estrada, correu para casa e verificou que sua esposa estava bem, mas seu filho tinha ido para a escola.
Correu para lá e a encontrou totalmente destruída. Não restava uma única parede de pé.
Tomado de uma enorme tristeza, ficou ali recordando o filho e sua promessa não cumprida:
"Haja o que houver, eu estarei sempre a seu lado".
Seu coração estava apertado, e apenas conseguia ver a destruição.
Mentalmente, percorreu inúmeras vezes o trajecto que fazia diariamente segurando a mão do filho, o portão, o corredor, as paredes, virava a direita e o via entrar.
Mas agora estava tudo destruído.
Resolveu então, fazer em cima dos escombros o mesmo trajecto:
Portão... Portas... Corredor... Virou a direita... E parou em frente ao que deveria ser a porta da sala em que seu filho estudava. Nada! Apenas uma pilha de material destruído. Nem ao menos um pedaço de alguma coisa que lembrasse a classe.
Olhava. Tudo destruído. Ficou desolado.
Mas continuava a ouvir a sua promessa:
- Haja o que houver, eu sempre estarei a seu lado!
E ele não esteve quando ele mais precisou...
Começou a cavar com as mãos.
Enquanto fazia aquilo chegaram outros pais, que embora bem intencionados, e também desolados, tentavam afastá-lo de lá dizendo: - Vá para casa. Não adianta, não sobrou ninguém.
Ele retrucava: - Você vai me ajudar?
Mas ninguém ajudava, e aos poucos, todos se afastavam.
Chegaram os policiais, que também tentaram retirá-lo dali, pois viam que não havia chance de ter sobrado ninguém com vida.
A única coisa que o homem dizia para as pessoas que tentavam retirá-lo de lá era: - Você vai me ajudar?
Chegaram os bombeiros, e foi a mesma coisa...
Ele trabalhou quase sem descanso, apenas com pequenos intervalos, cinco, 10, 12, 22, 24, 30 horas.
Já exausto, dizia a si mesmo que precisava saber se seu filho estava vivo ou morto.
Até que ao afastar uma enorme pedra, sempre chamando pelo filho, ouviu: -Pai... Estou aqui!
Feliz, o homem fazia força para abrir um vão maior e perguntou: - Tem mais alguém com você?
- Sim, dos 36 da classe, 14 estão comigo, estamos presos em um vão entre dois pilares. Estamos todos bem.
Pai, eu falei a eles: - Vocês podem ficar sossegados, pois meu pai vai nos achar.
Eles não acreditavam, mas eu dizia a toda hora… Haja o que houver, meu pai estará sempre a meu lado!
-Vamos, abaixe-se e tente sair por este buraco, disse o pai.
-Não Pai! Deixe os outros saírem primeiro... Eu sei que haja o que houver... Você estará me esperando!
(Esta história é verídica).
E você? Como está a sua persistência? Em que você acredita?
............................................................
Não tenho filhos e tremo só de pensar.
Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades.
Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas.
Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos.
Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar.
Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis.
E um exército de professores explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.
Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito.
É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.
Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac.
É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos.
Quanto mais queremos, mais desesperamos.
A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade.
Não deixa de ser uma lástima.
Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!
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Texto de João Pereira Coutinho
27/07/2007
Eu qeuria ganhá um joginho espasiau de prezente de natau...
Tenho cido um boum minino neste ano.
Ti adoro,
Marco.
Querido Marco:
Sua ortografia é excelente!!!! Parece um índio escrevendo...
Definitivamente terá uma brilhante carreira na vida... Como auxiliar de pedreiro!!!
Tem certeza que você não prefere um livro de português?
Quanto ao joguinho espacial, darei ao seu irmão, pelo menos ele sabe escrever!!!
Um abraço,
Papai Noel
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Querido Papai Noel
Tenho sido uma boa menina este ano. A única coisa que peço é paz e amor para o mundo...
Com amor,
Sara
Querida Sara:
Voce anda fumando maconha???
Papai Noel
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Querido Papai Noel:
Poxa, fazem 3 anos que venho pedindo um caminhãozinho de bombeiro e nada....
Por favor vê se desta vez voce me traz um!!!
Obrigado,
Luis
Querido Luis:
Seus pedidos já me encheram o saco!!! Mas enfim, desculpe-me por favor.
Quando voce estiver dormindo, incendiarei a sua casa.
Assim terá todos os caminhões de bombeiros que sempre desejou!!!
Papai Noel.
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Querido Papai Noel:
Não sei se voce pode, mas gostaría de ver meus pais juntos outra vez este ano.
Com amor Julia
Querida Julia:
E o que voce quer garota?? Que eu arruine a relação de seu pai com a sua secretária???
Deixe ele se divertir com uns seios de verdade!!!
Melhor te dar uma Barbie...
Papai Noel
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Querido Papai Noel:
Quero uma bike, um nintendo, um computador, uma caixa de Lego, um cachorrinho, um ponei e uma guitarra.
Com carinho,
Tibúrcio
Querido "T I B Ú R C I O"???:
Mais alguma coisa???? Quem foi o infeliz que te deu este nome? Huahuahuahuahua!!!!
Na verdade voce não quer porra nenhuma não é mesmo???
Porém tenho uma sugestão... Por que você não pede um nome novo?
Papai Noel
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Querido Papai Noel:
Deixei embaixo da árvore de natal umas empanadas para você e cenouras para as renas.
Um beijinho,
Susane
Querida Susane:
Empanadas me dão diarréia, e cenouras fazem minhas renas peidarem em minha cara...
Quer me agradar sua puxa-saco??
Ao invés de porcarias, ponha uma garrafa de Chivas, uns Toblerones e convença a sua mãe a se pôr com aquela lingerie transparente que ela usa com o carpinteiro.
Um beijão,
Papai Noel
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Querido Papai Noel:
Como diz aquela canção: "Venha velhinho, de noitinha, quando durmo meu soninho..."
Espero voce Noelzinho!!!
Te adoro,
Jéssica
Querida Jéssica:
Como você é ingênua!!!! Bom saber, pois este ano vou assaltar a sua casa!!!
Papai Noel
-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-
Querido Papai Noel
Por favor!!! Por favor!!! Por favor!!! Por favor!!! Dá um cachorrinho pra mim!!!
Por favor!!! Por favor!!! Por favor!!! Por favor!!!
Com imploração,
Juninho
Querido Juninho!!!
Esse tipo de imploração funciona melhor com os seus pais, já que você é adotado (ops falei!!! agora já era) e eles te toleram demais...
Já comigo não funciona... Comigo o buraco é mais embaixo... Pare de ser mala!!!
Vou te dar mais outro pijama!!!
Papai Noel.
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Em miúdo eu tive uma PEDRALHÃES com monitor de 12 polegadas !...
E sei a tabuada, fazer contas de cabeça e escrevo sem erros!!!!!
..."Ganda" máquina aquela !!..
E tu? Com a tua calculadora ou o teu computador portátil (Magalhães), sabes fazer contas de cabeça e tens boas notas a português?
SINAIS DOS TEMPOS!!!!!!!
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